Quando o rio pressente a proximidade do mar,
inteiro se estremece em toda gotícula d´água
e se debruça à entrega além do medo da quebra nas pedras,
porque o mar é a certeza do encontro do todo fluxo.
Lá quando eu começava a virar moça, tinha de costume
dizer a um amigo que cada gente assim é como metáfora de rio,
e eu tinha uma sabedoria que ficou escondida dentro de mim
feito lírio aberto a margem. Dizia: alguns rios seguem paralelos,
uns bifurcam, outros se unem, e a única coisa que não pode é ser represado,
que apodrece. Tanto tempo depois e agora faço poesia disso.
Faltava um fluir um tanto mais à verdade: há o mar:
essa redenção de existir na existência.
Lindo!!
Oi, moça,
Saudade de vc…
Fazia tempo não te lia. Sempre bom…
Beijo.