(uma dose de humor e amor)
Não importando a idade, a métrica cronológica e os olhares, começar pelos passos…
1o.: acordar dos lençois dos bocejos da segurança
2o.: palpar-se, tatear-se até sentir-se enquanto algo individualmente
3o.: espichar os olhos para além das grades das gerações
4o.: descobrir que os dedos dos pés tem vontade própria; que o coração, grande ou pequeno, gosta de sentir tudo que o esquenta; que os ouvidos funcionam fielmente com o coração: peneirar bem o que apontam com o dedão de fora: só com o que o coração escuta por dentro dar de combustível para todos os dedinhos dos pés
5o.: fechar os ouvidos aos que esperam com ouvidos sem coração olhando para os seus pés
6o.: respirar fundo: sentir a cosquinha da alegria nos pulmões, entender que esse é o combustível que dá combustível para o combustível
7o.: deixar do combustível escorrer também até a vontade das mãos, mas sem fechar os dedos, abrindo suavemente os braços, ousar o impulso ao equilíbrio
8o.: sentir graça nos cambaleios; um tropeço ou outro acaba com o medo de cair.
9o.: deixar o medo no quarto escuro e as fantasias no armário
10o.: sair, com o molejo que for, e sem roupa alguma, pela porta dos outros para o mundo
Água de rio não tem torneira nem fica na beira…
“sentir a cosquinha da alegria nos pulmões”. Ah, este sentimento brejeiro, moleque atrevido de gostoso! Todo amor precisa de humor, transbordante, como água de rio sem torneira. Cachoeira sem fundo.
Delícia de texto!
É…. só a Revolução do Sentir mostra nesse ar suave, toda a densidade da postura positiva, feliz que transborda o peito e enaltece o ser… o ser que se permite sentir de dentro pra fora, e não de fora pra dentro.
Bjão
Danni
1- texto belo…
2- quero morder essa bundinha inacreditável.