De costura, ou, para não faltar pano

O tempo perdido corrigindo ao outro,

poderia gastar  amando.

Poupe. Poupe o puir do tecido,

deixe as linhas em trança.

Tecido ruído, fim de ciclo:

agulhas cansam. Desbotadas cores,

seguem as linhas soltas.

Costura boa, tem açúcar na trama,

convoca bordado, convida elástico:

é bem cuidada. Dá ali espaço

para ser solta e bem marcada.

Não poupe amor na roupa, no lençol e nas toalhas.


* porque deu uma saudade danada, e uma paz abençoada, do que buscava lá atrás lendo Adélia Prado.

*porque se faz uma busca enorme, e o encontrado é sempre em um tempo inesperado.

*porque não é o tempo que resolve. É a ternura.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: