Estar presente é estar consigo incansável linha que se costura entre o ser e a vida.
Corriqueiras Alegorices 8
Tendo em vista quem somos e o que podemos há de se saber escolher as melhores afinações entre os caminhos.
Para não faltar prosa nem poesia
- Bem-vindo, seu moço, pode entrar. - Não sei que ventos me trazem, mas sei dos ventavais deixados atrás. - Ih, se vê nos olhos que seguem turvos mareados de temporais em alto mar. - Vim só e marcado pelas desembarcações que tive que enfrentar. - Somos sós, seu moço, eu que vivo de colheita... Continuar Lendo →
Para seguir em paz
Das duas margens onde o centro é encontro do passo em rega das mãos ao laço, o caminho: o gesto do mútuo cultivo: amar é sair da margem.
Da série crisnapclown
Porque só com alegria se toca o trilho do tempo...
Para o tropeço da distância
Tem dias que gerenciar uma saudade é do departamento das coisas inadministráveis. Dizem que ao que não há remédio... ah, deixe me cá com minha saudade, que remédio o que para o que me é sagrado! Fico eu com minha saudade enquanto a presença me vier ventada que a alegria é sem borda onde até... Continuar Lendo →
Quem quer mudar, muda. E o mundo não deixará de girar por quem não soube mudar.
Quem quer mudar, muda. Se espreme, rola, cai, levanta. Se torce, se enxuga. Aceita hematomas e fraturas, mas muda, mesmo quando as pernas se mostram curtas. Quem não quer mudar, não muda, simples. Mas o que é mudar? Mudar é se lançar para fora da zona do hábito. Mudar é aceitar vitórias e derrotas sem... Continuar Lendo →
Para desconceituar o desamor
Amor não se dá nem pega embora árvore, plantação, jardim. Amor não se prova, certifica, autentifica embora senhor da troca, embora solo e múltiplo fértil. Amor não fica, é. Amor não depende, unifica. Amor não mede, expande. Amor não fere, cura. Amor é essência outra, para além dessa que tipificaram de amor.
Quando a porta não abre, não deixe as flores no capacho.
Há anos atrás em uma conversa com Vera Calvet, eu me encontrava diante de um aprendizado árduo. Estava mais do que frustrada, amarrotada, cansada sem soltar minhas resistências, a ponto de nem saber mais se estava disposta a aprender com o momento. Ela, com sua amorosa simplicidade, e seu hábito de dar atenção integralmente quando... Continuar Lendo →
Simples
Pouco, tão pouco, e raro, caro ao que se precisa: silêncio, vitamina da calmaria, carinho, tecido dentro dos possíveis, entendimento, no diverso e no que aproxima, entrega, ao que é e ao tempo escrito. Pouco, tão simples, valioso, o sorrir e o olhar que harmoniza. * imagem: Cris Ebecken
Para encontrar
Achar morada requer o caminho do templo de dentro. A lente que reconhece o sagrado é a do sentimento. Incansável em si, na troca, no derramamento, com seus contornos de simplicidade, com as relíquias livres ao vento. Cultivar morada requer o passo atento e coragem na lança do pertencimento. O toque que reconhece seu templo... Continuar Lendo →
Fora da margem
Do outro lado da margem da esperança canta uma brisa que trança a lógica incomum dos sentidos. Ela tinge os espelhos com as palavras que comungam nos silêncios. Ela cala os cinzas das pausas lembrando o que permanece em movimento. O reverso das distâncias, a métrica ilógica da confiança, o contato, com tato, ela dança.... Continuar Lendo →