Havia um peso nos olhos difícil de escapar. E o olhar distante, perdido, perseguia sem ver o que lhe custava a leveza. Naquela manhã, frente ao espelho, escova, gilete, sabonete, deixados de escanteio, ficou ele por minutos encarando a si mesmo.
– Eu errei com você.
E o peso das escolhas passadas, displicentes aos traços dele, lhe escorria pelos cabelos e barba.
– Me perdoe.
E naquele momento, o espelho lhe dizia: renasça.
Deixe um comentário