Peito Cheio

A maré subia, tudo a volta era som de mar quebrando alto. Um caos marítimo se revelava, trazia conchas, espantava peixes. Olhou a volta, o peito apertado. Parecia seu próprio reflexo a agitada bandeira vermelha. Esticou as costas na areia que parecia carregada de pedras. Adormeceu olhando gaivotas, desejando os olhos mais leves. No sonho, a maré lhe tomava os pés, as pernas, alagava os pulmões, e do coração nascia uma baleia. A baleia silenciava o mar, o mar abraçava a baleia.

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