De Água Doce

No largo lagodo fundo peitogotejauma esperançade mansa mansidão. Gaga pulsaçãoem eco nadapela longa águade fonte na comunhão. O que é doce não seca.O que é de água segue.

Pequenas epifanias em acordes 4

Pequenos solossolados descalçosfazem que o mundo se apequenee um turbilhão se calepara que um outro mundo se agiganteonde o sentir fale.Quem toca sabeo que tocaou desfoca pelos calos?E quem é tocado sabecomo dançar a pautaou se perde entre as notas caladas?Ruidezas diminutas não cabem,é a luz melodiosa que integratocador e tocado.

Do que deserta

Lançou-se à água em tiro insensato de quem quer ir de uma borda à outra no mais rápido traço e desconsidera que no meio do trajeto quando não há garantias a mente libera tubarões e baleias contra si mesmo. Turvo de espuma e medo no redemoinho escuro do peito brigava com a água.   Ah,... Continuar Lendo →

A segunda face

A vida tem uma face de mármore fria, dura, desbotada, com algumas ranhuras de faca e uma aspereza de gasta. Bancada de escolhas culinárias. O que se prepara, como se tempera, o que se descarta, azedo, amargo, salgado. A vida dispõe uma segunda face a desprender-se desobediente da pedra. Doce, picante, ousada, remexe com liberdade... Continuar Lendo →

Vênus Alada

Não sabia da perfomance das escolhas a prolongar mais tempo do que cabia se vendo pouca, pequena, inútil coisa. Não sabia para si suaves brisas, doce pousar que lhe valia. Via-se bruta, amarrotada, poeira tosca, de si, então, sabia nada. Até que um vento imperioso rompendo amarras quebrou o errôneo espelho torto. Desabotoada das vestes... Continuar Lendo →

Lucidez

A dança incerta entre o sentir e os pés na terra, quem ensina como é? Se diz, não acerta. Nem compasso, nem métrica, de pulso sincopado. Que a dança trama entre pernas o desejo e o manifestável conforme cada par de passos improvisa no tato o que consegue ousar. Nãos e sins explodem big bans,... Continuar Lendo →

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