Vê – disse o moço do sol –
que não há nada do que se esperar:
não há onda em ida ou volta
há a onda onde ela está,
não há afeto pequenino ou a engrandecer
há apenas o tempo do afeto que há,
não há maquinista ou passageiro em destino alto lá
há apenas o trilho em que tu escolheste estar.
Mas vê que belo o incerto – respirou o moço –
pode ser que a onda te leve
ao trilho do afeto
que tu escolheste rumar.
– e os olhos dela ensolarados de esperança
amaram em ondas ser quem e onde está.
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